Disciplina não é sinônimo de punição. Não bata, eduque.
Educar não é nada fácil.
Depois de um dia inteiro de
problemas, mães e pais chegam em casa e precisam cuidar dos filhos. E as
crianças querem atenção, nem sempre obedecem logo, pedem tudo.
Sem que a criança entenda direito, os
mesmos pais que dão comida e beijinho de boa noite, de vez em quando aparecem
com o chinelo na mão. Para não apanhar, as crianças passam a preferir a distância
e o silêncio.
Mentem para evitar brigas,
escondem seus erros. Aos poucos, quase nada se resolve sem gritos ou ameaças. E
o resultado disso é que as crianças, ao invés de respeitar os pais, ficam com
medo deles.
Muitos pais apelam para a
violência porque é comum acreditar que é a melhor forma de manter a autoridade
e de proteger os filhos. Antigamente se achava que castigos físicos e
humilhantes faziam parte da educação. Hoje, se sabe que não é bem assim.
Existem formas carinhosas de educar que dão resultado. Temos aqui algumas dicas
de educação que você pode aliar a estratégias específicas de educação positiva,
para garantir ao seu filho um desenvolvimento pacífico, feliz e livre de
violência.
1. Se acalme. Respire fundo antes de chamar a atenção do(a) seu(ua)
filho(a). Evite discutir os problemas sob o efeito da raiva, pois dizemos
coisas inadequadas para a aprendizagem das crianças, que as magoam tanto quanto
nos magoariam se fossem dirigidas a nós!
2. Sempre
tente conversar com as crianças, mantendo abertos os canais de comunicação.
Entender porque algo está acontecendo ao
conversar com a criança é o primeiro passo para juntos vocês encontrarem a
solução!
3. Mostre à criança o comportamento mais
adequado dando o seu próprio exemplo.
Beber suco diretamente da garrafa irá ensiná-lo
que esse é um comportamento adequado. Assim como falar mal das pessoas depois
de encontrá-las. Seu filho aprenderá muito mais com o seu exemplo do que com o
que você diz a ele sobre o que é certo ou errado.
Isso vale também para os
pequenos atos de higiene do cotidiano: escovar os dentes, lavar as mãos antes
de comer, etc. É mais fácil para a criança criar e manter essa rotina se você
também a realiza.
4. Jamais
recorra a tapas, insultos ou palavrões. Como adultos não queremos ser tratados assim quando
cometemos um erro... Então não devemos agir assim com nossos filhos! Devemos
tratá-los da maneira respeitosa como esperamos ser tratados por nossos colegas,
amigos ou pessoas da família, quando nos equivocamos. As crianças são seres
humanos como nós!
5. Não deixe
que a raiva ou o stress que acumulou por outras razões se manifestem nas
discussões com seus filhos. Seja
justo e não espere que as crianças se responsabilizem por coisas que não lhes
dizem respeito.
6. Converse
sentado, somente com os envolvidos na discussão. Isso contribui para uma melhor comunicação. Mantenha um tom de voz
baixo e calmo, segure as mãos enquanto conversam - o contato físico afetuoso
ajuda a gerar maior confiança entre pais e filhos e acalma as crianças.
7. Considere
sempre as opiniões e idéias dos (as) seus (as) filhos(as). Afinal muitas vezes
suas explicações pelo ocorrido não são nem escutadas. Tome decisões junto com
eles para resolver o problema, comprometendo-os com os resultados esperados. Se
o acordo funcionar, dê parabéns. Se não funcionar, avaliem juntos o que aconteceu
para melhorar da próxima vez.
8. Valorize e
faça observações sobre os aspectos positivos do comportamento deles (as). Elogios sobre bom
comportamento nunca são demais! Cuidado para não atacar a integridade física ou
emocional da criança fazendo com que ela sinta que jamais poderá atender suas
expectativas! Ela colocou a roupa suja no
cesto de roupas? Elogie. Assim como o desenho que a criança fez, o fato dela
ter conseguido colocar a calça sozinha, o fato dela contar uma história para
você ou colocar algo no lugar que você pediu.
9. Busque
expressar de forma clara quais são os comportamentos que não gosta e te
aborrecem. Explique o motivo de suas decisões e ajude-os a
entendê-las e cumpri-las. As regras precisam ser claras e coerentes para que as
crianças possam interiorizá-las!
10. "Prevenir é melhor que remediar, sempre”. Gerar
espaços de diálogo com as crianças
desde pequenos colabora para que dúvidas e problemas sejam solucionados antes
do conflito. Integrá-las nas atividades do dia-a-dia evita que tentem chamar a
atenção por outros meios. Você precisa
fazer compras e terá que levar com você seu filho pequeno. Você pode deixá-lo
ajudar nas compras; conversar com ele sobre o que está comprando – peça-lhe
para falar o que ele acha de um determinado produto; se for uma criança mais
velha, ela pode ter maior mobilidade e ir pegar outros produtos enquanto você
está em outro setor do supermercado.
11. Se sentir que errou e se arrependeu, peça
desculpas às crianças. Elas aprendem mais
com os exemplos que vivenciam do que com os nossos discursos!
12. Procure
compreender a criança e saber o que esperar dela na fase de desenvolvimento em
que ela se encontra. Uma criança de 1
ano e meio já consegue se alimentar sozinha e este é um comportamento que
deveria ser estimulado pelos pais e/ ou cuidadores. Mas eles devem ter
paciência e, ao invés de se irritarem com a “lambança” que a criança irá fazer,
estimulá-la a se alimentar por conta própria. Colocar um plástico ou jornais
embaixo da cadeira que a criança está comendo torna mais fácil limpar o local
depois da refeição.
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