Roer as
unhas é um hábito compulsivo também conhecido como onicofagia, ligada a um estado psico-emocional de ansiedade, manifestando-se
quando um indivíduo se encontra em situação de estresse, nervosismo, tédio ou
de ansiedade. Quando
uma criança rói as unhas, ela está manifestando um distúrbio evolutivo
relacionado com a fase oral do desenvolvimento psicológico. Neste processo, as
crianças atravessam fases distintas, porém, crianças com desenvolvimento
normal, esta evolução não é normalmente acompanhada por qualquer problema mais
sério. Na maioria das vezes, não ocorre antes dos três ou 4 anos de idade. A
incidência aumenta entre os 4 a 6 anos de idade e permanece estável entre os 7
a 10 anos e aumenta, consideravelmente, durante a adolescência. Talvez porque
neste período, quase que por uma determinação biológica, é uma fase de crise.
Experimenta-se um maremoto emocional que persegue os indivíduos que se
encontram com um pé na estrada da infância e outro na idade adulta. Para a maioria
dos adolescentes o salto é difícil e até traumático. Tal hábito,
apesar de existir como forma de descarregar a ansiedade existente, pode
provocar prejuízos à saúde corporal. Os dedos ao serem levados à boca
transportam germes, vírus, fungos e bactérias que se localizam abaixo da unha
que podem provocar algum tipo de dano à saúde e ainda provocar má oclusão dos
dentes. A constante busca por roer as unhas desgasta o esmalte dos dentes
fragilizando-os em relação a cáries.
O
importante é não reprimir o hábito e não castigar a criança, pois se a mesma
perceber que, por meio do hábito, consegue chamar a atenção dos pais cada vez
que coloca a mão na boca, certamente o fará mais e mais vezes, pois passa a ser
o centro das atenções. A repressão, nestes casos, funciona como um “pedido”
para que a criança fixar o hábito e não eliminá-lo.
Por ser
um hábito compulsivo de ordem emocional, existem tratamentos para que o
indivíduo perca tal hábito, como terapia comportamental que auxilia na reversão
do hábito com técnicas para desacostumar o indivíduo a levar a mão ou o pé até
a boca, medicamentos como antidepressivos, antipsicóticos e ainda complexo B,
técnicas de relaxamento, exercícios físicos e respiratórios e ainda terapias de
aversão ao hábito que utiliza substâncias de gosto ruim sobre as unhas, a
substituição das unhas por algum outro objeto ou substância.
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